29 maio 2007

O Alpinista e a Flor de Cerejeira



Quem é capaz de dizer como será o amanhã? Quem consegue dizer o acontecimento futuro com riqueza de detalhes e certeza de que sabe? Ora, se não fosse o mistério que nos cerca, ou a perspectiva de ter contato com o surpreendente, de que seria válido o estar no mundo. A certeza de que não se sabe do que virá, remonta para a idéia da vida ser um livro, o qual, só é possível acesso às páginas passadas e presentes. E se perguntarem sobre as futuras, a resposta é simples: destas só é possível conhecer o conteúdo quando se chega realmente até elas.

Como conhecer alguém? De regra ninguém acorda com o propósito de voluntariamente conhecer alguém. Porém com esse contexto artificial e virtual, as coisas são simplificadas, por vezes é possível surgir simplesmente almejando conhecer alguém. Ah, então delimitar formas de se conhecer ficaria por demais complicado, pois, mesmo enumerando algumas formas, ainda assim existiram outras possibilidades. Mas isso não vem ao caso, visto que a discussão não consiste em refletir sobre como conhecer alguém especificamente, e sim, como “alguéns” se conheceram e o que a vida pode revelar disso. È uma busca por prever as páginas futuras. Então, qualquer assertiva aqui fica na subjetividade, e concretamente é mais fácil esperar chegar a hora de ler a página que num tempo foram futuras. Nada impede, porém, de tentar influenciar na construção do desfecho do livro com vibrações positivas.

Pois bem, não sei se a flor conheceu o alpinista ou este viu a beleza da flor. A dúvida não é saber quem viu primeiro o outro. Alpinistas são pessoas dedicadas a estar sempre buscando o topo, vão subindo nestas escaladas da vida com o fim de conquistar o almejado. Nesse contexto, flores podem ser coisas banais na vida de um alpinista, ele pode ver muitas delas, de modo que, não despertem mais atenção, ou mesmo de forma que não são tão extraordinárias assim. Então, passar por uma flor é prática rotineira na vida dos alpinistas. Mas o que dizer de uma flor de cerejeira? Ou mais, e se o alpinista estivesse nas suas escaladas a procurar uma flor que guardasse encanto e ternura dantes nunca encontrada? E se um dos topos destas searas sentimentais do alpinista fosse justamente ter contato com uma flor que guardasse em si tudo que as outras possuem, porém com peculiaridades singulares e só e simplesmente exclusivas? Quem vai saber ao certo o que se passa na cabeça de um alpinista. Quem pode ao certo delimitar o intuito de um alpinista nas suas escaladas? Pois é, fica difícil!

E sobre a flor, quantos alpinistas ela vê? Quantas pessoas ela tem contato? Quantos não a querem? E sendo uma flor de cerejeira, e não meramente uma flor? Flores são muitas, de vários formatos, cores, cheiros, encantos, reflexos, significados. A cerejeira possui seus tons próprios, podendo muito bem surpreender um alpinista ou qualquer atuante ou ser humano que sabia realmente apreciar flores. A cerejeira é de beleza singela, aparentemente sensível, mas forte, pois a natureza constrói seus seres com um emaranhado de caracteres.

Então, pela sensibilidade do alpinista e pela forma como ele surja diante da flor é possível enxergar algo de bom nesse contato. Tudo depende muito da questão do ver e perceber, a princípio ocorre o primeiro, mas este, é muito raso, superficial. O ver é algo proveniente de quem tem a capacidade visual, somente. Perceber já requer maior observação, capacidade de análise, e sensibilidade no apreciar. Daí, o alpinista pode ver a flor de cerejeira como uma mera flor, ou então percebê-la em seus aspectos mais palpáveis e omissos.
Mesmo não tendo conhecimento das páginas futuras do livro, seria possível afirmar (já vendo e percebendo) que uma flor de cerejeira guarda consigo tons e traços próprios, a sensibilidade e a beleza propícia dela, a serenidade e a timidez ao ser apreciada. Então, pode ser que o alpinista no contato com a cerejeira flor, encontre coisas que ele não conhecia, se encantando, surpreendendo e maravilhando-se então. Do mesmo modo, pode a flor identificar no alpinista, caracteres incomuns, aspectos diferenciados de todos os alpinistas já vislumbrados.

Então, seria bom se as páginas futuras trouxessem nas suas linhas o resultado do encontro da flor com a alpinista, revelando a positividade, execução boa e promissora desse contato. Poderia ser uma simples rotina cotidiana: um alpinista passar por uma flor, ou uma flor vislumbrar o alpinista na sua escalada. Mas, talvez esse enredo seja exclusivo, único e digno inclusive de mais manifestações textuais.

Que a flor veja e perceba o alpinista e que o alpinista veja e perceba a flor. Já se diz assim seja, querendo que seja assim. E do mais só lendo as páginas futuras quando chegar o tempo de lê-las.

(RODRIGO CARDOSO, escrito em 29 de maio de 2007).

25 maio 2007

MENINA VOCÊ É

MENINA VOCÊ É

Doce olhar que me olha...
Beijo quente, lábios a me esperar
Abraço firme traduzindo o que se sente
Pele morena e macia de cheiro bom
Voz suave a me dizer coisas bonitas
Kit completo: físico, mental, emocional...
Rosto de menina, pele de bebê...
Linda namorada minha, bela e meiga
Mãos que muito sabem afagar...
O cheiro teu fica presente e dorme comigo
E seu sorriso terno abala as estruturas
Você desautoriza qualquer tristeza minha
Perfeita companhia, amor da vida minha
Combinas comigo, meu número, o nosso 7
M7 me maravilhando
Pedaço todo do paraíso a mim reservado
Musa: inspiração dos versos bons ou toscos
Menina: encanto juvenil de todo amanhecer
Mulher: imponência e presença fixa em meu coração
Miguxa: a quem se pode confiar e quer bem
Amiga: parceria incondicional nas horas boas e ruins
Namorada: par que completa indissociavelmente
Filha: que traz felicidade e carece dos meus cuidados
Coelhinha: páscoas mais enaltecidas hão de vir
M7: muito me maravilhando a todo instante
1ª dama: companhia certa, apoio integral
Patroa: “controle” democrático da situação
Amada: habitante fixa de hectares inteiros no coração meu
Estimad’amada minha: felicidade projetada para o eterno.
Prima: linda e bem do meu lado, gosto garantido, carinho afetuoso,
Rosto de Mãe dos babys apotogemada.
Você é tudo e o mais não consigo descrever.

19 maio 2007

REALIDADE VIRTUAL


Podes nem acreditar,
De qualquer forma não irá se importar...
O baile virtual é mesmo assim, ninguém chega a se tocar...

Os olhos não se encontram, a luz apaga não se vê nada...
Não é para ver nem saber, a verdade é deturpada...
O sentimento se esvaiu, concatenação desafinada...
Caos da vida virtual, coisa mesmo complicada...

Espectro de falsidade... desvio de personalidade,
Estado ensandecido, estúpida vaidade...
Ele é alto, forte, rico, bonito e inteligente...
Ela é loira, olhos verdes, linda e moça descente...
Velocidade na conexão, lentidão e desvario da verdade,

Esta gente da cidade fala muito e não diz nada...
Ela nem me viu, só teclou e diz estar apaixonada,
Aspectos das “conversas” urbanas, alguma coisa está errada,
Virtual não é real, apenas ilusão, tosca, doida, desafinada.

Os abraços e os beijos vão apenas pela tela...
Não atingem as bochecha, nem apertam a costela,
Quero ver-te pessoalmente e não através da “janela”...

Quem inventou este aproximar tão distante?
Vício intenso e imenso, chega a ser globalizante,
Ceifador dos contatos físicos, inóspito o vetor alienante!

(Rodrigo Cardoso)

13 maio 2007

M & R

MELHOR É QUANDO ESTÁS DO LADO MEU
AMIGOS COLORINDO INTENSAMENTE A AMIZADE
REVIVENDO SENTIMENTOS EM OUTRA TONALIDADE
LEVAREMOS ESTAS HISTÓRIAS PARA A ETERNIDADE
AMO-TE E JÁ FAZ PARTE DO EU MEU TÃO SEU

RIMOS SOZINHOS E NÃO É LOUCURA
OBJETIVAMOS VIVER ENVOLVIDOS DE TERNURA
DEIXEMOS QUE PENSEM SOBRE A ABSTRAÇÃO
RELEMBREMOS NOSSA INTERNA CONCREÇÃO
INTELIGÍVEL E BOM SENTIR O QUE VEM DO CORAÇÃO
GOSTAMOS SEMPRE DE VER O TEMPO PASSAR
OBVIAMENTE NÃO DEIXAREMOS DE LEMBRAR

MOMENTOS MÁGICOS

Um sopro de silêncio no meio das palavras
O roubo de um beijo neste contexto
Olhos que se olham com doçura
Faz tanto frio, me aquece no inverno
Dê-me outro beijo daquele finito mas eterno
Vem pra perto, pois, dói sem te ter...

As frases todas ditas, os telefonemas dados
Os recados enviados
Os bilhetes e cartas escritas
Depoimentos recebidos
Fotos postadas, texto produzido
É tudo produto dos sentimentos

Riso solto diagnóstico perfeito: estas comigo
Conversa fácil, sobre qualquer coisa
Fala baixinho no meu ouvido,
Encosta na costela, dorme comigo

Momentos mágicos, não há nada tão melhor
Nunca houve tanto sentido na vida
Assistiremos a esse filme repetidas vezes
Contar da história repetidas vezes

Calor do abraço, toque de mãos
Sentir a chama proveniente do coração
Está aqui dentro seu retrato, minha’alma sorriu
Em ti razão, espírito e emoção todos sintonizados

Saudade desvairada é você que não está
Querer o bem, cuidar, ser si mesmo no outro
É parte do jogo... páginas escritas de caneta
Papel bonito, letras garrafais...
Está previsto, registrado, seremos felizes...
Tudo no livro, e as páginas virão...

Se este tempo for curto te vejo na outra vida
Acho (tendo já concreta certeza) ser amor
Cumplicidade, amizade, carinho,
Entender, perdoar, compreender,
Desejar, gostar, ver, perceber,
Viver, chorar, sorrir, sentir, querer
AMO-TE

03 maio 2007

CONCREÇÃO DOS IDEAIS ALMEJADOS

CONCREÇÃO DOS IDEAIS ALMEJADOS

Na órbita do seu ideário, grandes construções...
Dentro da usina dos teus sonhos, tantas aspirações,
Cada pilar da vida é um libertar-se das próprias prisões.
E ficar de pé requer fusão perfeita das razões e emoções!

A perseverança regada com abundância de otimismo,
Cabe dançar a dança... jogar o jogo... expurgar o egoísmo.
Doses de auto-estima irão ajudar a não pestanejar...
Determinação: não se pode fugir nem desistir de lutar...

Superar um obstáculo: mais um degrau alcançado,
Em cada passo uma lição, concreção do intuito almejado.
Está por vir correntezas perenes de realizações,
Fruto da “justeza” e “correteza” das boas ações.


Rodrigo Cardoso....

Aos que passam em nossas vidas


Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...
Porque cada pessoa é única para nós,
e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,
mas não vai só...
Levam um pouco de nós mesmos
e nos deixam um pouco de si mesmos.

Há os que levam muito,
mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito,
mas não há os que não deixam nada.

Esta é a mais bela realidade da vida...
A prova tremenda de que cada um é importante
e que ninguém se aproxima do outro por acaso...

fonte: http://www.mensagensepoemas.com.br/saudade-da-amizade/aos-que-passam-em-nossas-vidas-1335.html

ACHADO DA E NA MENINA



ACHADO DA E NA MENINA

Não há mais negatividade para a razão alimentar,
Orgulho desvairado que embrutece hei de então superar,
Nem que seja pela luz dos olhos da menina,
Luz: face terna do amor que conduz e domina...

Eliminar de uma vez por todas as trevas,
Encontrar o caminho nas relvas e selvas,
Não sei por que, mas vencer é minha sina,
Vi e pude perceber olhando os olhos da menina...

Buscar o peixe é então tentar arremessar a rede,
Estado sedento de amor, comida, da água tenho sede,
Hoje sei Deus proverá, e isto tudo assim fascina,
Meu destino está traçado, vi nos olhos da menina...

Tenho amor, abraço, afeto, que dantes não encontrei,
felicidade: tempero bom que provo e sempre provarei,
Acreditar que vai dar certo vendo a luz que ilumina,
Agradeço as visões boníssimas achadas da e na menina...

(Rodrigo Cardoso, escrito em 03 de maio de 2007)

EU E OUTRO EU, EU MESMO... NOS AMAMOS...

"Amar e mudar as coisas me interessa mais" (BELCHIOR).