01 outubro 2007

LEVE AUSÊNCIA

LEVE AUSÊNCIA

Toda água para a sede rigidamente enlarguecida
Ah sim, sempre espero, não fica cicatriz sequer
Não há lesão degradante, algo pouco rasante, leve ferida
Desse lado peito apertado, lado de lá também, você me quer!

Dê-me agora uma gota do remédio que é te ter
A leve ausência presente representa esse então desorbitar
Regule as peças, reorganize, caso contrário vou enlouquecer
Sempre hei de jogar, não sinto que perdi, almejo ganhar

Nada mais resta fazer, a não ser sempre te amar...
se me perder só em você vou novamente encontrar,
sobra fôlego se mergulho em água doce - beijo teu!
Ele (beijo) mata sede, revitaliza a alma, clareia o breu...

Preciso enxergar novamente as cores do colorido,
o arco-íris assim preto e branco não faz sentido,
Estado triste: então produto de quem assim o faz
Fique! Não vá! Quero o sempre mais, a calma, a paz!

2 comentários:

Erika disse...

entendi muito pouco...Existe alguma coisa errada por aqui?

Rodrigo in verbis disse...

Dizem que o autor morre para a obra, no sentido de que a interpretação fica a cargo de quem observa, não devendo então sofrer interferência de quem a escreveu...no entanto julgo necessário me manifestar... o poema leve ausência não condiz com o título, pois o enredo mostra-se assim dramático... o "leve" do nome serve para revelar que o fato inspirador foi realmente leve, um dia e algumas horas sem beijos da amada provocaram essa ausência toda do enredo, num contexto de quase fim da relação... só que as partes que conotam fim, na verdade pedem o fim daquela situação, solicitando um "reconstruir, reordenar" das coisas... um instante longe de presença da ausência, é capaz de proporcionar algo que não ocorre naqueles tons descritos n contexto do poema, mas que abalam mesmo a fortaleza das coisas da emoção... ninguém tem culpa de ser sentimental... o episódio sim de ausência de beijo provocou e inspirou a "leve ausência" que foi leve na realidade mais pesada no verbalizar...

EU E OUTRO EU, EU MESMO... NOS AMAMOS...

"Amar e mudar as coisas me interessa mais" (BELCHIOR).